....

....
"...porque eu adorava brincar de bonequinhas de papel..."

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Quando a Kim Kardashian me faz refletir



                     
Por mais que as pessoas torçam o nariz quando escutam o nome Kim Kardashian, ou KIMKA como eu, ludicamente, a chamo, ou simplesmente não façam a menor idéia de quem se trata essa celebridade: fique pasma sim, a Kimka me faz refletir sobre a vida e a moda.

Para quem não sabe, ela tem um reality show sobre sua vida e sua família há dez anos ininterruptos nos EUA, no canal à cabo E! E o tal programa tem sucesso absoluto, e vende tudo que ela que ela toca, como: roupas, maquiagem, revistas, carros, material de beleza e etc.

A família Kardashian é a rainha da super exposição, esqueça tudo que você conhece sobre reality shows pensando em BIG BROTHER BRASIL, não tem simplesmente nada a ver. Nos EUA um reality show filmado por um grande canal é na verdade todo ele planejado e fake em muitos aspectos, mas demonstra o dia à dia de uma celebridade americana que expõe seus namoros, casamentos, gravidez, brigas de família e tudo o mais de bom e de ruim, sem a menor parcimônia, em nome de estar na mídia o tempo todo.

Mas ok, você pode continuar desprezando um ser humano ou uma família que vive dessa exposição, mas o ponto em que quero chegar é que a KIMKA me faz refletir. Ela é “boazuda” e ponto, como a maioria das brasileiras. Portanto, ela não usa manequim 36 como uma Cara Delavigne ou uma Olívia Palermo da vida, ela é mulher real que vive num mundo real, come comida de verdade, e vive postando selfies diárias com vestidos justíssimos e grudadíssimos. E você diria: Que vulgar, que gordinha, não se enxerga, né?

Mas ok, você já parou para pensar que uma mulher que usa manequim 42 ou 44 tem o direito de usar roupas justas e apertadas, de se sentir confiante, sexy e ser olhada na rua pelos homens, porque você minha amiga pode torcer o nariz para a KIMKA, mas os homens NÃO fazem isso. Os homens gostam quando vêem uma KIMKA na rua, e sabe o quê eles vêem exatamente quando apreciam uma KIMKA? A sua auto-estima, basicamente, a atitude, o jeito de olhar e se sentir plena e bonita mesmo usando um manequim 42/44, e  é isso que a diferencia da grande massa.

Por isso justificando este post, no momento a KIMKA, que veio ao Brasil lançar sua coleção na C & A, com roupas coladíssimas à preços populares para todos os tamanhos, está exercendo plenamente o Feminismo ao meu ver, nos ensinando que uma mulher pode e deve usar exatamente aquilo que lhe faz bem e que lhe agrada ao se olhar no espelho, e não o quê uma revista de moda, em geral a Vogue, diz o que você tem que vestir ou como deve se parecer. Sou magra, mas não uso nem de longe uma roupa 36, por um simples motivo: Sou uma mulher e não uma menina com quadril de adolescente. Sei de várias amigas minhas que se atormentam diariamente buscando um modo de se vestir para sempre parecer magra e longilínea, quando a pessoa tem 1,60 e usa manequim 44, ou seja, é impossível! Então o que elas fazem? Não compram roupas, não gostam de se arrumar, entram em pânico cada vez que precisam de uma peça nova, e em geral no fim acabam se escondendo atrás de batas e blusas largas, que por muitas vezes até lhes aumentam de tamanho, visualmente falando, gerando frustração e insegurança.

Então amiga, mesmo com todas as ressalvas que você faz à Kimka (que para você é só uma celebridade instantânea, que não merece sua atenção) me escute e aguarde, a Kimka está mudando um paradigma de moda e estilo, e aliás caso você não saiba ela já saiu na capa da Vogue americana, e até a poderosa e mal-humorada ANNA WINTOUR teve que engolí-la.


Graziela
(20/05/2015)